quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

parece lagrima

alguns versos parecem lagrimas
e verdadeiramente o sao
quando nao digo o que ficou
do sentido que logo ali retornou
pra me re-provar o abastado efemero da solidao
e do amor que te dava a mao
e caminhava com voce, a ermo, sem direçao
nao gosto de coisas que rimam
parece que me desanimam
e amor rimar com dor é uma consolaçao
de uniao
entre o que se foi e está
entre o que houve e o que nao ha
ao seu pesar ou seu contentamento
eu sigo rebento
como carvao no cio da mata
e pra que cesse logo esse tormento
eu rebento
como um vulcao alheio em palavras
e na constriçao desse momento
eu rebento...

disse a lagrima àquele que só visa conte-la
e como te-la, nessa prisao que olha o firmamento?
eu rebento.

Bruno Mendes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

partilhemos sensaçoes... contato? no ato... blbmleo@hotmail.com