domingo, 26 de fevereiro de 2012

minha vida por um fio

minha vida sê e está por um fio
de telefone
de esperança
de espera
de realidade
de ilusao
minha vida está e sê por um fio
pavio curto, que nao demora ter gratidao
vela apagada, vela queimada, vela acesa
sempre por um fio
e um frio na espinha que ja nao me queima
emblema
um fio de cabelo em contato com a mini borboleta preta
que pousa, serena, faz circulos e deixa o fio
um fio de tristeza, plena, que rodeia e deixa frio
um fio de pavio que esta prestes a queimar
o fio da navalha onde repousa meu caminhar
um fio de partida, de chegada ou despedida
um fio
um fio que une a famia
um fio que ha desune
um fio puchado no banco detras na conduçao
que arrepia os sentidos
e faz olhar pra tras 
consternaçao por sentir que se está vivo
um fio de muralha que me separa da realidade da ilusao
um fio de bala puchada, pra por na agua e ver se esta no ponto
um fio de barba, branco, solitario
um fio de raiva morna, que mantem  a temperatura estatica
um fio de episodio de repetiçao
um fio de fé
nas palavras que se vao
se vao palavras
no fio da minha mao
que se conecta com o frio da comunicaçao
de escrever pra estar vivo
e padecer de um fio
de migalhas
que tentam, nao em vao
encher o pandu da harmonia
que é o fio perseguido pra permanecer sao
que assim esgota a rima 
que revelou-se contestaçao
de um momento de por pra fora
duras e amargas: conclusao
que a vida ha de ser por um fio
na corda bamba a repetiçao
de acordar e parecer que está vivo
no fio de loucura 
que esse...
nao acaba nao.

Bruno Mendes

2 comentários:

  1. Pois é, a vida é toda um fio. Sinto que começa em um fio e vamos andando então, tentando o equilíbrio. Mas é uma linha tão fina, tudo tão instável. Um fio fino e sensível.

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