sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

levantando do buraco cavado no fundo do poço


levantando do buraco cavado no fundo do poço
vejo o raiar do sol com outro cheiro, ja nao preso
vejo o preço que se paga pela pegada descontinua, ardente
vejo o medo que se apega ao estado descontente, inerente, sua companhia

levantando do buraco cavado no fundo do poço
ja nao rezo, peço, aos pés e ao tempo, que encaminhem minha direçao
ja nao calo, falo, contra o vento, as palavras que creio arquitetarem minha redençao
ja nao raso, faço, e bato mao na outra pra deixar a terra no chao

levantando do buraco cavado no fundo do poço
agonia, melodia, transbordamento e satisfaçao
gozo, intervalo, vou marcando o peso do meu maufadado pao

levantando do buraco cavado no fundo do poço
ternura, melancolia, e um sorriso que invadia meu norte, ao sul de qualquer lugar
curvatura, planejamento, sempre um tormento movendo moinhos de vento

levantando do buraco cavado no fundo do poço.

Bruno Mendes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

partilhemos sensaçoes... contato? no ato... blbmleo@hotmail.com