domingo, 11 de março de 2012

POÉTICA



Eu poetizo meus falos, meus raros, meus muros
Eu poetizo meus enredos, meus segredos, profundos
Eu poetizo quando falo, escrevo e me mudo
Eu poetizo quando rasgo, esclareço e me durmo

Eu poetizo de amores, louvores, escuros
Eu poetizo quando paro e entendo e não mudo
Eu poetizo quando calo, padeço, estimulo
Eu poetizo quando parco, navalha, pontudo

Minha poética leva de mim a chama
E assim mesmo me proclama a dor de não me ser
E quando olho a poesia, rala, vala, e não me entrego pra vencer

Minha poética me chama, exige, tudo
Arde, invade, insiste, covarde, brilha, cinza, lama, obtuso
Quando escrevo do pouco que restou do signo que há tanto de mim consumo.


Bruno Mendes

2 comentários:

  1. Olá!!! Grande Bruno... Vc manda bem mesmo na arte da escrita, e eu já pressupunha isso, pelas viagens nas trocas de idéias que podemos confabular. O seu estilo me parece ser existencialista por excelência, enfim, glorificando todos os momentos que vc pode desfrutar ou tem que enfrentar. Caso seja do seu interesse ouvir mais músicas minhas, basta digitar meu nome no Google, clicando na primeira opção (Página de Airton Meireles no Clube Caiubi de compositores).Fiz o meu comentário aqui porque essa me tocou +.Garanto-lhe que vou virar um membro aqui.Abrç.

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  2. claro querido!
    fico extremamente feliz de conseguir alcançar as falas que me cercam, e sua atençao é uma dadiva, me faz retomar as certezasquanto a ajudar o outro, o proximo, como fosse o primeiro brinquedo, a bola da vez...
    vou procurar sim, por mais composiçoes suas, que me faz brilhar os olhos ao estar certo de que o ser humano ainda vale a pena, por ser, sempre , uma possibilidade, como diria meu amado freud!
    grato pelo comentario!
    bruno

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