domingo, 18 de março de 2012

esse Meu jeito de amar




Meu jeito de amar é enviesado pelo meu jeito de ser
Esse Meu jeito de ser delirante
Esse Meu jeito de ser cativante
Meu jeito de me descobrir quando me escondo

E sigo em frente
Mascarado, ancorado em coisas que me vestem o peso do mar
E esboço meus poemas na insolência de remar a ermo
Quando faço do meu verbo, o sintoma ao invés de mim

E poesia também é enviesada, trespassada, enfeitiçada por não ser
mais que o jeito de ser do poeta
enviesado no mar de escrever

dedico a poesia à alma dos sujeitos que encarnam
o amar e o perder do poeta
quando psicografados  no papel ou teclado, d’onde se calam.

Bruno Mendes

4 comentários:

  1. Será que quando a gente ama, amamos através do outro?

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    1. sempre... amamos a ilusao do outro, que construimos como uma imagem 3d palpavel, debulhada de nossos traços, que se escondem... e acreditamos se-la...palpavel...
      dai sofremos, pela incongruencia entre o quisto e o nao possivel... e so nos resta esperar, de novo e pronto, uma nova ilusao que nos permita a brincadeira maliciosa de nos deixarmos invadir, pelos humores da paixao, que sempre nos esvaziam...

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  2. Resposta mais linda!
    Quer ser meu analista? hahaha

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