Contas pra pagar,
dinheiro pra pagar as contas
Dinheiro pra
depositar e espalhar notas de gentileza
Chave no bolso para
as portas fechar, e abrir
Fone no bolso pra
comunicar com quem quer que queira me ouvir
Passos e esquinas
para atravessar
Barulhos, silêncios,
pra me confundir
Jornada, turno,
abaloar
Da minha tarefa, que
não tem sono
Vou e volto sem
pestanejar
Nas minhas próprias cordas
em que não me enforco
Uso-as para
esperarem por socorro
Não corro, caminho,
e a paisagem é que me escolhe
Vou na rua, na lua,
na escola e no ponto
Digo ponto de cartão
de ponto, trabalho, e pontuo agora, lá evem o ônibus.
consumir o inconsumível para viver o que já foi perdido...
ResponderExcluirlindo.