Certas horas a gente
se sente assim, sem saber mesmo o que explicar
Certas horas me
custam
Me custam o sono e a
paz que na fumaça procuro
E me curo
Do medo de
ensandecer a qualquer custo
E de dentro do muro,
eu disse de dentro, não de cima
Eu sinto a
ingratidão do movimento, tão alheio à vontade
Parado profundo
Maquinando
Maquinando o dia em
que florescer e poder se mexer
E respirar e ir à
forra com tudo
E brotar no mundo
Pela semente que
passarinho comer e arrotar pelos fundos
E habitar outros
solos e dar adeus com as raízes, como as misses
E ventar no talho de
um vento que te mandará um beijo sedento de reencontrar seu ponto de origem
Uffa... viagem
longa, cansativa...
No ponto de origem
que dê-se aos ventos e levem em seus talhos
Sedentos de
reencontrar e habitar outros solos, outras plantações
Pele que habita a
semente que vai plantar no chão a marcha do caminhar
E brotar no mundo
E forrar de cetim as
gentilezas que movem montanhas
Barato profundo
Maquinando poder
olhar pra trás e agradecer
Não alheio à vontade
O muro...
Que deu vontade de
conhecer o que te tinha detrás e asseguro
O custo de ser igual
é ensandecer e me imputo
O direito de dar ESC
em algumas portas e pular pela janela...
Certas horas me
impurram...
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