quarta-feira, 3 de outubro de 2012

certas horas


Certas horas a gente se sente assim, sem saber mesmo o que explicar
Certas horas me custam
Me custam o sono e a paz que na fumaça procuro
E me curo
Do medo de ensandecer a qualquer custo
E de dentro do muro, eu disse de dentro, não de cima
Eu sinto a ingratidão do movimento, tão alheio à vontade
Parado profundo
Maquinando
Maquinando o dia em que florescer e poder se mexer
E respirar e ir à forra com tudo
E brotar no mundo
Pela semente que passarinho comer e arrotar pelos fundos
E habitar outros solos e dar adeus com as raízes, como as misses
E ventar no talho de um vento que te mandará um beijo sedento de reencontrar seu ponto de origem

Uffa... viagem longa, cansativa...

No ponto de origem que dê-se aos ventos e levem em seus talhos
Sedentos de reencontrar e habitar outros solos, outras plantações
Pele que habita a semente que vai plantar no chão a marcha do caminhar
E brotar no mundo
E forrar de cetim as gentilezas que movem montanhas
Barato profundo
Maquinando poder olhar pra trás e agradecer
Não alheio à vontade
O muro...
Que deu vontade de conhecer o que te tinha detrás e asseguro
O custo de ser igual é ensandecer e me imputo
O direito de dar ESC em algumas portas e pular pela janela...
Certas horas me impurram...

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