O que eu ainda não sei é o que há de correr para mim
Me abraçar como numa dança sem movimento, sem escape, sem fuga
O que eu ainda não sei é o que ainda não deixei de querer
E enfeitar a sala com o vazio do que virá, sentado em pose
de rei
O que me lasca não é pedra, não é ponta, é tortura
O que me basta é o que arrepia a pele, o corpo, a luta
O que me resta é o grito que silencia meus segredos
E que ninguém escuta
O que eu faço pra desdizer e de ser
Não é lobby, é labuta
Ardo comigo na chama do meu capricho que não chora, mas
soluça
O que eu tenho não sei esquecer, nem dizer, nem sei tudo
De um extremo ao outro há mais clientes pra agradar que
uma puta
Me dê logo outro verso pra recomeçar e trocar angustia por
palavra, em permuta.
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