Quando me sinto do
avesso
Outros surgem:
fantasmas, medos, desejos e inquietudes
Outros fogem: armas,
dentes, palavras, nervos e músculos
Outros sustos
Se me viro do avesso
pra tentar entender o que abrigo
Não me aproximo,
silencio, reluto, fujo
Fujo quando não da
pra encarar a fera que me habita o escuro
Outro muro
Ao me despir de mim
mesmo e refletir meu escuro
Outras luzes:
brancas, azuis, verdes, amarelas, vermelhas, enxergo difuso
E me apropriar desse
avesso é o que virá a me dar prumo, noutro rumo
Sensações e alardes,
talvez, que ainda não mostram seus rostos
E me viram do avesso
mesmo quando não estou no meu turno
Não adianta virar
pelo avesso o preto do luto que não te foi fundo, se revira, e o avesso do
avesso é que se torna futuro.
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