segunda-feira, 12 de novembro de 2012

virar do avesso




Quando me sinto do avesso
Outros surgem: fantasmas, medos, desejos e inquietudes
Outros fogem: armas, dentes, palavras, nervos e músculos
Outros sustos

Se me viro do avesso pra tentar entender o que abrigo
Não me aproximo, silencio, reluto, fujo
Fujo quando não da pra encarar a fera que me habita o escuro
Outro muro

Ao me despir de mim mesmo e refletir meu escuro
Outras luzes: brancas, azuis, verdes, amarelas, vermelhas, enxergo difuso
E me apropriar desse avesso é o que virá a me dar prumo, noutro rumo

Sensações e alardes, talvez, que ainda não mostram seus rostos
E me viram do avesso mesmo quando não estou no meu turno
Não adianta virar pelo avesso o preto do luto que não te foi fundo, se revira, e o avesso do avesso é que se torna futuro.

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