segunda-feira, 5 de novembro de 2012

DESESPERO DO REQUIEM





Onde estás que não me acompanhas?
Onde vais que não me dás conta?
Onde estás que não moves montanhas?
Onde vou, carrego comigo a empáfia de embalar a vida

(Mas de que vida falamos? Que não se adianta, aproxima ou reclama?)

Quero embalar-te até não poder mais
Quero levar-te onde passos não alcançam
Quero calar-te onde não contam crias
E deixa-lo criar mesmo que jorrem gotas de sangue frias

Na luta do dia a dia mortificar poesia
No acalanto do noturno soprar o sol de cada dia
No pranto que não remanso até sedar a magia

Na fuga de qualquer canto entregar monotonia
Na fúria de tantos danos espantar melancolia
Na ânsia de muitos anos esperar-te é minha acolhida.

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