Um ultimo maço de
cigarros.
Umas únicas doses de porre.
E as doses de culpa?
Vou vivendo
Bem a gosto do
cliente.
Eu me rendo.
E se eu revolto ao
cais, não me devoto
Eu assumo.
Gota a gota
descartada no frasco
Eu destilei as ilusões
E acertei o teu
perfume
Outro assunto
As rosas não falam e
exalam as gotas no frasco
Como se estivessem
densas: teu perfume
Que basta abrir a
tampa do frasco
E entorpecer
E fumar ate o talo
meu ultimo maço de cigarros
Como se fosse o
ultimo
E me sentir
embriagado de porre, mas de poesia
Eu presumo
Que tenho muito a
desdizer e compras
Pra corroborar com a
sabedoria dos mais sábios
E reclamo meu trono
de me recolher
No fundo das matas
No fundo das bocas
O que fica por dizer
e falta
Alguma coisa sempre
pra escrever
E pautas, pra não
entortar a linha do escrever
E sumulas.
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